terça-feira, 3 de abril de 2012

Compositores portugueses

Manuel
Rodrigues Coelho (c. 1555 - 1633) foi um organista e compositor português, proveniente de Elvas.
É tido como
o mais importante dos compositores da primeira metade do séc. XVII em Portugal.
Depois de trabalhar nas catedrais de Badajoz e Elvas, tornou-se, em 1603, no organista da catedral de Lisboa e membro da Capela Real.
Ocupou em
Lisboa, de 1603 a 1633, o cargo de Primeiro Organista da Capela Real de Lisboa,
e é principalmente recordado por em 1620 ter editado o primeiro documento
musical impresso em Portugal: Flores de Música (hoje na Biblioteca nacional).
De grande
erudição musical, deixou-nos peças para tecla que são obras-primas de grande
qualidade que ilustram bem um género muito específico da produção musical
portuguesa na época do domínio castelhano. De entre outros compositores, Manuel
Rodrigues Coelho conhecia a música Orlando di Lasso, e na sua obra Flores de
Música faz quatro variações de uma das suas chansons.


Manoel Caetanus Portucalensis (c. 1712 - 1767) foi um compositor
e organista português nascido em Trancoso e que viveu em Coimbra, Lisboa e
Portalegre, tendo sido um compositor quase desconhecido entre nós, pois como
organista nunca ocupou o cargo de Primeiro Organista em nenhuma capela, tendo
percorrido por períodos curtos várias capelas do país, entre as quais a de
Salzedas e a de Arronches. A sua notoriedade deveu-se ao célebre Alleluya e a um Magnificat Secundi Toni (compostos
para coro polifónico) de que apenas se conhecem algumas peças, combinadas nos
estilos alemão e italiano. Compôs música litúrgica e assistiu alguns dos mais
importantes organistas, tendo imitado o estilo italiano de Carlos Seixas. Dele
também se conheceu a obra Stabat Mater,
reunida no conjunto das suas obras Operae
Poliphonicae que desapareceram no terramoto de 1755, restando partituras
avulsas da sua obra. Partiu para Itália em 1748 e lá aprendeu a técnica
contrapontística ao gosto italiano. Em Portugal nunca sobressaiu, optando por
apoiar a composição de outros organistas. Morreu de um ataque apopléctico a 27
de Janeiro de 1767 em Évora.


Frei Manuel Cardoso nasceu em Fronteira, parte da diocese de Évora, em 1566 (embora antes se pensasse que em 1570). Fez votos de monge em Lisboa em 5 de julho de 1589. Segundo o Padre Manuel de Sá, foi “mandado a Évora para estudar gramática e a arte da música assim que teve idade para isso”, o que se julgou que fosse o caso aos nove anos, em 1575. Cardoso foi aluno aí dos padres Cosme Delgado e Manuel Mendes.No decurso de sua carreira Cardoso viria a desfrutar do favor da Casa Real espanhola. Seu livro de missas sobre o tema Ab initio, de 1631, foi dedicado a Felipe IV. Esteve também ligado à família Bragança durante o tempo em que esteve no Convento Carmelita em Lisboa, e é provável que o futuro rei Dom João IV tenha sido seu aluno e patrono. Cardoso desfrutou de grande estima ao longo de sua vida tanto por sua vida piedosa quando por seus dons musicais excepcionais; foi frequentemente mencionado por seus contemporâneos de renome, tanto do campo musical quanto do literário, e era querido e respeitado por todos quando morreu em 1650.

João Lourenço Rebelo nasceu em Caminha, na província do Minho, no Norte de Portugal, em 1610, 44 anos depois de Manuel Cardoso, embora tenha morrido apenas 11 anos depois deste. São desconhecidas as razões de haver mudado seu nome, pois era irmão de Marcos Soares Pereira, capelão-cantor na capela ducal [dos Bragança] em Vila Viçosa, o qual, quando aceitou tal nomeação, levou Rebelo consigo para que lá recebesse instrução musical. O patrocínio ducal (que mais tarde se tornou real) foi um elemento fundamental na vida de Rebelo, e ao que parece o próprio Dom João IV teria escrito dois motetos a seis vozes para completar uma das publicações de Rebelo (motetos dos quais resta somente a parte de uma das vozes).A maior parte da música de Rebelo foi publicada em 1657, um ano depois da morte do seu patrono real, que deixou em seu testamento a ordem de que fosse impressa. Essa edição contém catorze musicalizações de Salmos (sendo duas séries de sete, cada texto musicado duas vezes), quatro Magnificats, música para as Completas [última das horas canônicas], duas Lamentações e um Miserere. O estilo policoral [então] moderno dessas obras fazem de Rebelo uma figura de considerável significação na história da música portuguesa. Há também um pequeno grupo de obras não publicadas para grupos menores, entre as quais se encontra o Panis angelicum [faixa 10].Embora não possa ser descrita como policoral, Panis angelicum ilustra bem a música de Rebelo quanto a outros aspectos, ao usar um estilo melódico distintivo, às vezes fragmentário, com trechos de escrita homofônica ou perto disso. Talvez possamos ver aqui os últimos limites a que poderia chegar uma combinação de uma escrita contrapontística conduzida de modo genuíno com elementos de estilos mais novos. Nesse sentido, pode bem figurar como um emblema de Portugal nesse período, situado no último limite do continente e recebendo aí os ventos de mudança dos outros lugares da Europa da época.

Duarte Lôbo began studying music at Évora with Manuel Mendes. He was appointed mestre da capela at Lisbon Cathedral in 1594 and remained there until his death in 1646. His six volumes of liturgical music prove him to be one of the leading Portuguese exponents of the polyphonic style. The Missa pro defunctis of 1621 skilfully retains the polyphonic style of Palestrina alongside the more modern dissonances, setting the sombre text almost in the style of his Spanish counterpart Victoria. Seven voices weave a contrapuntal web around the plainchant — itself often a paraphrase of the original chant — and the resulting eight parts sing variously all together, as two choirs, and in reduced combinations, thereby creating a unique style out of seemingly anachronistic components.


It was not until the beginning of the seventeenth century that the work of Portuguese polyphonic composers began to be known more widely. The most famous three, Duarte Lobo (c.1565-1646), Manuel Cardoso (1566-1650), and Filipe de Magalhães (c.1571-1652) were all pupils of Manuel Mendes (c.1547-1605) at Évora, an important cathedral and university city in eastern Portugal. All three also became very successful musicians after moving to the capital, Lisbon.The youngest of the group, Filipe de Magalhães, was reputedly the favourite pupil of Mendes, whom he succeeded at Évora. He later moved to Lisbon, where he was choirmaster at the Misericórdia and master of music in the Royal Chapel. He is regarded as being a highly accomplished composer, capable of an unparalleled smoothness of polyphonic style and elegance of vocal line. This can be heard in his four-part Vidi aquam (l beheld the water), a piece to be sung during the procession and sprinkling of holy water at the beginning of Mass in Paschal time, and in his six-part Commissa mea pavesco (I tremble at my sins), a verse from the third responsory at Matins in the Office for the Dead.

domingo, 12 de fevereiro de 2012



This is one of my works on graphit. This time I used Michelangelo's skill. I suppose he is the best of all concerning to use is hands to represent the human body. No one knows the human body like him, even if he intends to cheet us with his metamorphosic statements.

quinta-feira, 10 de julho de 2008